quinta-feira, 27 de maio de 2010

• A utilização de computadores na Educação Especial.


O conceito de "necessidades especiais" tem mudado muito ao longo da história até chegar aos nossos dias. Durante a primeira metade do século passado, o conceito de necessidades especiais era equivalente ao conceito de deficiência e considerava de caráter permanente sendo possível apenas “adaptar” ou “treinar” a pessoa “deficiente” para viver em sociedade através de um “tratamento especial”. Esse tratamento era responsabilidade de instituições especializadas. Mas no início da década de 60 quando a idéia de distúrbios permanentes e imutáveis começou a ser questionada e o conceito de deficiente foi sendo substituído por Pessoa com Necessidades Educativas Especiais (PNEE).
O Brasil vem realizando um processo de inclusão que teve inicio em 1992 quando uma política nova de fortalecimento da Educação Especial foi estabelecida através da recriação da Secretaria de Educação Especial (SEESP), na estrutura do MEC (Lei 8.490/92).
Entretanto, as limitações do indivíduo com deficiência tendem a tornarem-se uma barreira para esse aprendizado. Desenvolver recursos de acessibilidade seria uma maneira concreta de neutralizar as barreiras causadas pela deficiência e inserir esse indivíduo nos ambientes ricos para a aprendizagem, proporcionados pela cultura.
Outra dificuldade que as limitações de interação trazem consigo são os preconceitos a que o indivíduo com deficiência está sujeito. Desenvolver recursos de acessibilidade também pode significar combater esses preconceitos, pois, no momento em que lhe são dadas às condições para interagir e aprender, explicitando o seu pensamento, o indivíduo com deficiência mais facilmente será tratado como um "diferente-igual"... Ou seja, "diferente" por sua condição de pessoa com deficiência, mas ao mesmo tempo "igual" por interagir, relacionar-se e competir em seu meio com recursos mais poderosos, proporcionados pelas adaptações de acessibilidade de que dispõe.
Mas, será que é realmente dessa forma que acontece essa inclusão?
Entrevistando alguns professores que trabalham na Educação Especial, pude perceber que eles recebem poucos sibsídios para efetivar uma boa atividade.Cada regente deve procurar atividades que seja coerente com sua turma porque nem as próprias intituições estão aptas ao preparo de um "plano especial".
Dessa forma, o interesse específico aqui é apresentar um pouco mais detalhadamente algumas ajudas para o acesso ao computador e à internet, utilizadas no trabalho educacional com alunos com necessidades especiais que podem auxiliar o trabalho desses professores mais sempre em conjunto com toda instituição.
No trabalho educacional, portanto,pode utilizar adaptações com a finalidade de possibilitar a interação, no computador, de alunos com diferentes graus de comprometimento motor e/ou de comunicação e linguagem, em processos de ensino e aprendizagem.
Essas adaptações podem ser de diferentes ordens, como, por exemplo:
"...adaptações especiais, como tela sensível ao toque, ou ao sopro, detector de ruídos, mouse alavancado a parte do corpo que possui movimento voluntário e varredura automática de itens em velocidade ajustável, permitem seu uso por virtualmente todo portador de paralisia cerebral qualquer que seja o grau de seu comprometimento motor (Capovilla, 1994).
Um dos recursos mais simples e eficientes como adaptação de hardware é a máscara de teclado (ou colméia). Trata-se de uma placa de plástico ou acrílico com um furo correspondente a cada tecla do teclado, que é fixada sobre o teclado, a uma pequena distância do mesmo, com a finalidade de evitar que o aluno com dificuldades de coordenação motora pressione, involuntariamente, mais de uma tecla ao mesmo tempo. Esse aluno deverá procurar o furo correspondente à tecla que deseja pressionar.
Alunos com dificuldades de coordenação motora associada à deficiência mental também podem utilizar a máscara de teclado junto com "tampões" de papelão ou cartolina, que deixam à mostra somente as teclas que serão necessárias para o trabalho, em função do software que será utilizado. Desta forma, será diminuído o número de estímulos visuais (muitas teclas), que podem tornar o trabalho muito difícil e confuso para alguns alunos, por causa das suas dificuldades de abstração ou concentração. Vários tampões podem ser construídos, disponibilizando diferentes conjuntos de teclas, dependendo do software que será utilizado.

SOFTWARES ESPECIAIS DE ACESSIBILIDADE:

Opções de Acessibilidade - Mouse

Funções das Teclas:

- Teclas dos números (à direita do teclado): 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8 e 9: servem para movimentar o cursor do mouse na tela.
- Tecla do número "5": corresponde a um clique com o botão esquerdo do mouse.
- Tecla do número "0": corresponde à ação de clicar e segurar (aderir), para arrastar.
- Tecla "del": corresponde à ação de soltar a tecla esquerda do mouse, depois de arrastar alguma coisa.
- Tecla "+": corresponde ao "clique duplo" com o botão esquerdo do mouse.
- Teclas /, * e -: servem para trocar as funções entre os botões direito e esquerdo do mouse.

Outro exemplo de Software Especial de Acessibilidade são os simuladores de teclado e de mouse. Com o simulador de teclado e o simulador de mouse, o aluno pode começar a utilizar o computador e expressar melhor todo o seu potencial cognitivo, iniciando a aprender a ler e escrever. Esses simuladores podem ser acionados não só através de sopros, mas também por pequenos ruídos ou pequenos movimentos voluntários feitos por diversas partes do corpo, e até mesmo por piscadas ou somente o movimento dos olhos.

Para pessoas com deficiência visual existem os softwares que "fazem o computador falar":
"Também os cegos já podem utilizar sistemas que fazem a leitura da tela e de arquivos por meio de um alto-falante; teclados especiais que têm pinos metálicos que se levantam formando caracteres sensíveis ao tato e que "traduzem" as informações que estão na tela ou que estão sendo digitadas e impressoras que imprimem caracteres em Braille." (FREIRE, 2000)

Para os cegos existem programas como o DOSVOX, o Virtual Vision, Bridge, Jaws e outros.
Além de todos estes recursos de acessibilidade que apresentamos, existem outros tipos e dimensões de acessibilidade que também são pesquisados e estudados por outros profissionais, como as pesquisas sobre Acessibilidade Física, que estuda as barreiras arquitetônicas para o portador de deficiência e as formas de evitá-las (por exemplo, a Comissão Civil de Acessibilidade, aqui mesmo de Salvador). Outro conceito novo é o conceito de Acessibilidade Virtual, que estuda as melhores maneiras de tornar a Internet acessível a todas as pessoas (Rede Saci).
É importante ressaltar que as decisões sobre os recursos de acessibilidade que serão utilizados com os alunos, têm que partir de um estudo pormenorizado e individual, com cada aluno. Deve começar com uma análise detalhada e escuta aprofundada de suas necessidades, para, a partir daí, ir optando pelos recursos que melhor respondem a essas necessidades. Em alguns casos é necessária também a escuta de diferentes profissionais, como terapeutas ocupacionais ou fisioterapeutas, ou outros, antes da decisão sobre a melhor adaptação.


terça-feira, 11 de maio de 2010

Apresentação

Olá,
sou Laís Prata acabei de criar meu blog!
Espero postar informações necessárias a educação fazendo uso das novas TIC's...

Um abraço!